quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Déjà Lu: boas leituras, boas causas
No Déjà Lu encontram leilões de livros já lidos cujas receitas revertem integralmente para as excelentes causas da APPT21 (Associação Portuguesa de Portadores de Trissomia 21) e do Centro de Desenvolvimento Infantil DIFERENÇAS.
Eu sei que muitos leitores das bulicenas gostam de ler! E alguns podem encontrar no leilão não só livros interessantes como preços convidativos. E se acabar por sair mais caro do que o esperado, há sempre o consolo de estar a contribuir para causas fantásticas que provavelmente até mereciam o donativo sem receber o livro em troca!
Vão lá pelo menos dar uma olhada.
Nota: Eu não fui ameaçado para escrever esta bulicena. Ameaçaram ameaçar-me com a falta de peru assado no próximo Natal, mas como semi-vegetariano sou obviamente indiferente a tal privação... ou até fico feliz pelo peru que será salvo? :) De qualquer modo, as causas valem mesmo a pena. E também gosto da ideia ecológica de reaproveitar livros e reduzir a acumulação de desperdício no mundo.
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Buli no médico II: a vingança
Por que raios iria eu ao médico?? Eu sei que vou perder a pouca credibilidade que não sei se me resta, mas confesso que fui ao médico... porque me sentia tão horrivelmente mal, tão imprestável, com febre alta, dores musculares, dores de cabeça... que achei que o médico me poderia ajudar.
Ironias
O mais irónico é que me comecei a sentir esquisito no domingo, umas 3 horas depois de escrever a bulicena Buli no médico! Coincidência!?!
Depois de escrever a bulicena fui correr 2 horas. O treino incluía intervalos a ritmo mais rápido e outros a ritmo normal. Perto do final do treino passei perto de uma pista de tartan e decidi ir medir a velocidade a que estava a correr nos intervalos rápidos. Quase não acreditei quando percebi que o ritmo rápido era o meu ritmo normal (4'30"/km)! E estava a custar-me bastante! Fiquei a pensar que ainda tinha muito a evoluir no mês que falta para conseguir correr a maratona de Tóquio em menos de 2h50min...
Já em casa, ao tomar o habitual duche frio (em Singapura não se pode dizer que seja realmente frio), senti uns arrepios... Ooops! Algo não estava bem.
Imprestável
Passei o resto do dia em casa, a sentir alguma febre, mas sem me sentir muito mal. Tomei um chá de paracetamol (de milagrosos efeitos nas poucas vezes anteriores em que a ele recorri), a ver se resolvia logo o assunto. Durante a noite a febre aumentou para mais de 39º e dormi pessimamente, com a cabeça cheia de ruído, pensamentos em parafuso. Às 4 da manhã a Sílvia começou a insistir que devíamos ir a um médico, que febres tão altas eram muito perigosas (de acordo com o Dr. Google). Negociei tomar mais um chá milagroso e a Sílvia fez umas compressas frias para pôr na cabeça, e de manhã até acordei um pouco melhor.
Mas a meio da tarde estava totalmente imprestável. Na hierarquia de necessidades de Maslow eu estava claramente no fundo do fundo da pirâmide, nos subterrâneos, talvez no piso -5. Ainda fui ao Dr. Google ver coisas do tipo "como baixar a febre sem medicamentos" e sintomas de febre de dengue (recordando que uma amiga minha teve dengue aqui há pouco tempo - mas pelo menos não parecia ser dengue). Decidi aplicar gelo na testa para baixar a temperatura e senti-me um pouco menos pessimamente horrível.
No médico
Pareceu-me que talvez não fosse má ideia dar o braço a torcer e ir procurar um médico. Muuuuitooo leeeentaaaameeeennnttteeee arrastei-me até ao posto médico mais próximo. Estava fechado. Mas vi que a uns 100 metros havia outro e fui até lá. Pareceu-me que já estava fora do horário de funcionamento, mas parecia aberto. Tentando fazer uma cara normal (e não desgraçada) perguntei se havia algum médico que me pudesse ver. Havia!
Menos de 10 minutos depois a minha salvadora* estava a analisar o meu estado. Foi a consulta mais estruturada (digna de um consultor da McKinsey ou da Bain) a que me lembro de ter ido (e isso é algo muito positivo do meu ponto de vista). Mais importante do que estruturada: foi a consulta mais explicada a que me lembro de ter ido. É verdade que a minha memória é fraca e que não vou frequentemente ao médico, mas a minha ideia é que poucos médicos, infelizmente, têm o costume de explicar aos clientes (ou doentes ou pacientes, como lhes quiserem chamar) o que estão a fazer. Isso é bastante irritante e provavelmente incoerente com o código deontológico dos médicos. Será que os cursos de medicina, em tantos anos de estudos, não têm nenhuma cadeira que aborde temas como como tratar os clientes, ou o significado de consentimento informado? (Isto diz-se em português, ou é brasileiro? "Informed consent" em inglês...)
Depois de algumas perguntas** sobre como me sentia, o que me doía, etc., a médica fez questão de enumerar de 1 a 5 e explicar o que me ia fazer. Se bem recordo: medir a temperatura, medir a tensão arterial, auscultar, tirar uma amostra mucosa para enviar para análise num hospital, receitar alguns medicamentos.
Receitou-me três cenas e explicou para que serviam:
1. Paracetamol - famosa substância para reduzir febre e dores, a tomar 3 vezes por dia.
2. Diclofenac - um anti-inflamatório não-esteróide, para reduzir dores musculares e de cabeça, a tomar 3 vezes por dia.
3. Paracetamol + Codeína - a tomar antes de dormir, para ajudar a dormir melhor. Ela comentou que este me faria sentir sonolento e que não era boa ideia tomar se tivesse que participar em conferências telefónicas a meio da noite (?? ela deve ter muitos pacientes consultores!).
No estado em que estava não me ocorreu fazer mais perguntas além de "Onde arranjo estas coisas? Vai passar-me uma receita?" A resposta foi logo: "Não te preocupes, em Singapura é tudo muito fácil. Espera ali fora e levas já tudo daqui."
E despediu-se prometendo ligar-me a dar os resultados da análise às minhas mucosidades.
No total devo ter demorado meia hora entre chegar ao posto médico e sair com os medicamentos. Consulta e medicamentos por menos de 27 Euros. (Continuo sem perceber por que é que um tipo saudável há-de ter um seguro de saúde - em vez de se auto-segurar - mas isso é tema para outra bulicena.)
Achei óptimo não ter de comprar uma caixa inteira de cada medicamento (como penso que acontece sempre em Portugal, por exemplo). Em vez disso, venderam-me 10 comprimidos de paracetamol e de diclofenac, e 5 de paracetamol+codeína.
Auto-não-medicação
Tomei o paracetamol e o diclofenac confome prescrito nessa tarde e à noite. Mas fiquei a olhar para o nome suspeito dessa tal codeína... O nome faz lembrar demasiado cocaína, heroína e outras porcarínas! Fui perguntar ao Dr. Google e não me pareceu que devesse tomar o terceiro comprimido, por pouca codeína (9mg) que contivesse.
No dia seguinte acordei a sentir-me muito melhor! Decidi matar também o diclofenac - se estou doente, é bom sentir umas dores que me recordem que estou doente! A febre oscilou entre os 37º e os 38º durante o dia, mas ao menos o cérebro estava de novo operacional! A segunda-feira tinha sido tão má, entre o meu estado imprestável e muitas horas a dormir, que passei o dia a pensar que o dia anterior não tinha existido e ainda era segunda-feira.
H1N1!
Hoje de manhã acordei em muito bom estado, mas o termómetro marcava perto dos 38º, portanto ainda não limpo de febre. A médica ligou-me cedo a dar o resultado da análise: tenho H1N1!!! Não é espectacular?? Como me disse uma prima minha: "que moderno!" Se um tipo apanha uma gripe, ao menos que seja uma gripe famosa, não é?
É totalmente irracional, mas o facto de saber que existe em mim um vírus com determinado nome parece que me deu mais forças para lutar contra ele. Como se fosse relevante saber o nome do inimigo.
Fui ver a médica para ela me dizer o que tenho de fazer agora e gostei muito das recomendações: visto que parece ser uma versão suave do vírus, não vou tomar nenhum antiviral, e não preciso tomar os medicamentos que ela me receitou na segunda-feira se me estiver a sentir bem. Ela recomendou que evitasse interagir com outras pessoas para evitar contágio e que estivesse mais sossegado até domingo, incluindo não correr.
Entretanto, a Sílvia acha que eu não tenho H1N1. Que é simplesmente o habitual exagero singapurense de catalogar as coisas de forma escandalosa, para que as pessoas se preocupem mais e as doenças não alastrem. Claro que só posso discordar: não tem piada nenhuma acreditar que é só uma gripe banal!
E a maratona?
A implicação prática mais chata nesta história é que estou a fazer um descanso forçado a pouco mais de 1 mês da maratona de Tóquio. Esta semana já estava programada para ser um pouco mais leve, mas não tão leve assim... Sem stress: espero retomar os treinos na segunda-feira e que a gripe não deixe estragos no corpo.
Obrigado, médicos!
É justo terminar com um agradecimento aos médicos por existirem para quando é preciso! Por muitas críticas que eu lhes faça, concordo que o mundo parece ser bem melhor com médicos do que sem eles. Obrigado!
*Essa era certamente a minha perspectiva naquele momento. Em retrospectiva, ela não fez nada do outro mundo: receitou-me mais paracetamol (que era o que eu já estava a tomar, em quantidades semelhantes), um anti-inflamatório (que provavelmente acelerou o alívio de dores) que pouco tomei, e uma droga que decidi passar (não da mesma forma que um passador de droga!). A consequência prática mais relevante foi eu estar com certeza a descansar mais do que descansaria baseado na minha percepção do meu estado. E às vezes a confirmação de que estamos no bom caminho é muito bem-vinda.
**Ela também fez perguntas estranhas como quantas assoalhadas tem o meu apartamento, quanto pago de renda mensal e se moro sozinho... Não é a primeira vez que alguém que acabo de conhecer me pergunta estas coisas em Singapura... mas não deixa de ser estranho.
Ironias
O mais irónico é que me comecei a sentir esquisito no domingo, umas 3 horas depois de escrever a bulicena Buli no médico! Coincidência!?!
Depois de escrever a bulicena fui correr 2 horas. O treino incluía intervalos a ritmo mais rápido e outros a ritmo normal. Perto do final do treino passei perto de uma pista de tartan e decidi ir medir a velocidade a que estava a correr nos intervalos rápidos. Quase não acreditei quando percebi que o ritmo rápido era o meu ritmo normal (4'30"/km)! E estava a custar-me bastante! Fiquei a pensar que ainda tinha muito a evoluir no mês que falta para conseguir correr a maratona de Tóquio em menos de 2h50min...
Já em casa, ao tomar o habitual duche frio (em Singapura não se pode dizer que seja realmente frio), senti uns arrepios... Ooops! Algo não estava bem.
Imprestável
Passei o resto do dia em casa, a sentir alguma febre, mas sem me sentir muito mal. Tomei um chá de paracetamol (de milagrosos efeitos nas poucas vezes anteriores em que a ele recorri), a ver se resolvia logo o assunto. Durante a noite a febre aumentou para mais de 39º e dormi pessimamente, com a cabeça cheia de ruído, pensamentos em parafuso. Às 4 da manhã a Sílvia começou a insistir que devíamos ir a um médico, que febres tão altas eram muito perigosas (de acordo com o Dr. Google). Negociei tomar mais um chá milagroso e a Sílvia fez umas compressas frias para pôr na cabeça, e de manhã até acordei um pouco melhor.
Mas a meio da tarde estava totalmente imprestável. Na hierarquia de necessidades de Maslow eu estava claramente no fundo do fundo da pirâmide, nos subterrâneos, talvez no piso -5. Ainda fui ao Dr. Google ver coisas do tipo "como baixar a febre sem medicamentos" e sintomas de febre de dengue (recordando que uma amiga minha teve dengue aqui há pouco tempo - mas pelo menos não parecia ser dengue). Decidi aplicar gelo na testa para baixar a temperatura e senti-me um pouco menos pessimamente horrível.
No médico
Pareceu-me que talvez não fosse má ideia dar o braço a torcer e ir procurar um médico. Muuuuitooo leeeentaaaameeeennnttteeee arrastei-me até ao posto médico mais próximo. Estava fechado. Mas vi que a uns 100 metros havia outro e fui até lá. Pareceu-me que já estava fora do horário de funcionamento, mas parecia aberto. Tentando fazer uma cara normal (e não desgraçada) perguntei se havia algum médico que me pudesse ver. Havia!
Menos de 10 minutos depois a minha salvadora* estava a analisar o meu estado. Foi a consulta mais estruturada (digna de um consultor da McKinsey ou da Bain) a que me lembro de ter ido (e isso é algo muito positivo do meu ponto de vista). Mais importante do que estruturada: foi a consulta mais explicada a que me lembro de ter ido. É verdade que a minha memória é fraca e que não vou frequentemente ao médico, mas a minha ideia é que poucos médicos, infelizmente, têm o costume de explicar aos clientes (ou doentes ou pacientes, como lhes quiserem chamar) o que estão a fazer. Isso é bastante irritante e provavelmente incoerente com o código deontológico dos médicos. Será que os cursos de medicina, em tantos anos de estudos, não têm nenhuma cadeira que aborde temas como como tratar os clientes, ou o significado de consentimento informado? (Isto diz-se em português, ou é brasileiro? "Informed consent" em inglês...)
Depois de algumas perguntas** sobre como me sentia, o que me doía, etc., a médica fez questão de enumerar de 1 a 5 e explicar o que me ia fazer. Se bem recordo: medir a temperatura, medir a tensão arterial, auscultar, tirar uma amostra mucosa para enviar para análise num hospital, receitar alguns medicamentos.
Receitou-me três cenas e explicou para que serviam:
1. Paracetamol - famosa substância para reduzir febre e dores, a tomar 3 vezes por dia.
2. Diclofenac - um anti-inflamatório não-esteróide, para reduzir dores musculares e de cabeça, a tomar 3 vezes por dia.
3. Paracetamol + Codeína - a tomar antes de dormir, para ajudar a dormir melhor. Ela comentou que este me faria sentir sonolento e que não era boa ideia tomar se tivesse que participar em conferências telefónicas a meio da noite (?? ela deve ter muitos pacientes consultores!).
No estado em que estava não me ocorreu fazer mais perguntas além de "Onde arranjo estas coisas? Vai passar-me uma receita?" A resposta foi logo: "Não te preocupes, em Singapura é tudo muito fácil. Espera ali fora e levas já tudo daqui."
E despediu-se prometendo ligar-me a dar os resultados da análise às minhas mucosidades.
No total devo ter demorado meia hora entre chegar ao posto médico e sair com os medicamentos. Consulta e medicamentos por menos de 27 Euros. (Continuo sem perceber por que é que um tipo saudável há-de ter um seguro de saúde - em vez de se auto-segurar - mas isso é tema para outra bulicena.)
Achei óptimo não ter de comprar uma caixa inteira de cada medicamento (como penso que acontece sempre em Portugal, por exemplo). Em vez disso, venderam-me 10 comprimidos de paracetamol e de diclofenac, e 5 de paracetamol+codeína.
Auto-não-medicação
Tomei o paracetamol e o diclofenac confome prescrito nessa tarde e à noite. Mas fiquei a olhar para o nome suspeito dessa tal codeína... O nome faz lembrar demasiado cocaína, heroína e outras porcarínas! Fui perguntar ao Dr. Google e não me pareceu que devesse tomar o terceiro comprimido, por pouca codeína (9mg) que contivesse.
No dia seguinte acordei a sentir-me muito melhor! Decidi matar também o diclofenac - se estou doente, é bom sentir umas dores que me recordem que estou doente! A febre oscilou entre os 37º e os 38º durante o dia, mas ao menos o cérebro estava de novo operacional! A segunda-feira tinha sido tão má, entre o meu estado imprestável e muitas horas a dormir, que passei o dia a pensar que o dia anterior não tinha existido e ainda era segunda-feira.
H1N1!
Hoje de manhã acordei em muito bom estado, mas o termómetro marcava perto dos 38º, portanto ainda não limpo de febre. A médica ligou-me cedo a dar o resultado da análise: tenho H1N1!!! Não é espectacular?? Como me disse uma prima minha: "que moderno!" Se um tipo apanha uma gripe, ao menos que seja uma gripe famosa, não é?
É totalmente irracional, mas o facto de saber que existe em mim um vírus com determinado nome parece que me deu mais forças para lutar contra ele. Como se fosse relevante saber o nome do inimigo.
Fui ver a médica para ela me dizer o que tenho de fazer agora e gostei muito das recomendações: visto que parece ser uma versão suave do vírus, não vou tomar nenhum antiviral, e não preciso tomar os medicamentos que ela me receitou na segunda-feira se me estiver a sentir bem. Ela recomendou que evitasse interagir com outras pessoas para evitar contágio e que estivesse mais sossegado até domingo, incluindo não correr.
Entretanto, a Sílvia acha que eu não tenho H1N1. Que é simplesmente o habitual exagero singapurense de catalogar as coisas de forma escandalosa, para que as pessoas se preocupem mais e as doenças não alastrem. Claro que só posso discordar: não tem piada nenhuma acreditar que é só uma gripe banal!
E a maratona?
A implicação prática mais chata nesta história é que estou a fazer um descanso forçado a pouco mais de 1 mês da maratona de Tóquio. Esta semana já estava programada para ser um pouco mais leve, mas não tão leve assim... Sem stress: espero retomar os treinos na segunda-feira e que a gripe não deixe estragos no corpo.
Obrigado, médicos!
É justo terminar com um agradecimento aos médicos por existirem para quando é preciso! Por muitas críticas que eu lhes faça, concordo que o mundo parece ser bem melhor com médicos do que sem eles. Obrigado!
*Essa era certamente a minha perspectiva naquele momento. Em retrospectiva, ela não fez nada do outro mundo: receitou-me mais paracetamol (que era o que eu já estava a tomar, em quantidades semelhantes), um anti-inflamatório (que provavelmente acelerou o alívio de dores) que pouco tomei, e uma droga que decidi passar (não da mesma forma que um passador de droga!). A consequência prática mais relevante foi eu estar com certeza a descansar mais do que descansaria baseado na minha percepção do meu estado. E às vezes a confirmação de que estamos no bom caminho é muito bem-vinda.
**Ela também fez perguntas estranhas como quantas assoalhadas tem o meu apartamento, quanto pago de renda mensal e se moro sozinho... Não é a primeira vez que alguém que acabo de conhecer me pergunta estas coisas em Singapura... mas não deixa de ser estranho.
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