sexta-feira, 24 de julho de 2009

Qualquer língua em segundos!

É incrível a reacção positiva da maior parte das pessoas quando ouvem um estrangeiro tentar falar a língua delas, pelo menos em ambientes informais e muitas vezes também em ambientes formais (excepto talvez quando pequenos ou grandes erros geram situações embaraçosas, nem sempre cómicas).

Já tinha pensado criar uma lista de "obrigado" em diferentes línguas, pois parece-me a palavra mais útil de todas, seguida de "olá". É claro que alguém já fez isso: descobri hoje o espectacular site da Jennifer Runner, que compila várias palavras úteis (obrigado, olá, adeus, bom dia, boa tarde, boa noite, sim, não, ...) em centenas de línguas! (O site omniglot é muito bom também!)

Na próxima vez que fores para um país em que se falem línguas estranhas visita o site e em alguns segundos ficas a saber dizer olá e obrigado. Com certeza terás uma viagem muito mais feliz, para ti e para quem encontrares!

Xie xie, Jennifer!


domingo, 19 de julho de 2009

De GADES a GADEH!

[Não, não andei a passear em algum lugar estranho das Arábias, foi mesmo "só" mais uma viagem interior... ou, como brasileiros tiradores de sarro poderão sugerir, mais uma viagem na maionese :) ]

Não é raro suspirarmos ou ouvirmos suspirar “Ah... finalmente sexta-feira!” ou, mais penosamente, “Já só vivo para o fim-de-semana...”, ou, numa perspectiva de médio prazo, “Estou desejoso de que venham as férias!”, ou ainda, para quem tende a olhar para o longo prazo, “Como será bom chegar à reforma e finalmente poder gozar a vida!”

Em inglês, este sentimento é muitas vezes partilhado através da expressão “Thanks God It's Friday!” (que até deu nome a um franchising internacional de comida calórica de salubridade duvidosa), ou do respectivo acrónimo TGIF, que podemos traduzir por “Graças A Deus É Sexta-feira!” ou GADES.



Por vezes, estas expressões reflectem apenas um cansaço saudável, de quem trabalhou de forma dura mas motivada durante a semana laboral e está a precisar de um descanso para recarregar baterias e voltar ao ataque na segunda-feira, ao trabalho realizador, cheio de sentido. Outras vezes, é mesmo uma reclamação de alguém que não gosta do que faz mas não se sente mal o suficiente para decidir deixar de o fazer (pode ser que se trate do pior emprego do mundo). Em casos extremos, a pessoa está no limite das suas energias, motivação, capacidade de encaixe, o quer que seja que a mantém naquele trabalho, e está prestes a desistir.

Em alguns momentos da minha vida (felizmente poucos) ficou muito claro que estava a viver para o fim do dia, para o fim da semana, para o fim do projecto... Não era cansaço saudável: doía a cabeça, o coração, até a barriga. Possivelmente um pior emprego do mundo a manifestar-se finalmente, para minha salvação, como mau. Na última vez que me senti assim, reparei que ninguém me estava a apontar uma pistola à cabeça. Eu estava ali porque queria. Então por que é que eu queria? Por que é que estava ali? Esclareci as razões das minhas opções, denunciei as falsas e destaquei as válidas. Recusei a visão negra que me tinha encandeado ultimamente e sintonizei um novo canal, com uma nítida visão positiva (mas consciente dos pontos fracos e dificuldades, impossíveis de resolver imediatamente, ou de ignorar). Escondi a imagem do copo meio vazio colando por cima a do copo meio cheio (bem mais cheio do que eu pensava!). Parei de reclamar e de me desculpar com factores externos e responsabilizei-me pela minha própria situação. Tomei as rédeas e tomei decisões. Parei de viver para o futuro, que nunca mais chegava, para me concentrar no presente (que estava sempre ali, como o próprio nome indica: presente). Efeito milagroso: na prática a minha situação não tinha mudado nada (e só mudaria meses depois), mas as dores físicas desapareceram. E as do coração, mente e espírito também. De um dia para o outro. Sem drogas.

Tinha acabado de fazer a viagem de GADES a GADEH: Graças A Deus É Hoje! Um passo importante para tentar deixar de separar a vida entre trabalho e fora do trabalho e aprender a viver a 100% aquilo em que escolho investir o meu tempo e energias. É uma aprendizagem sem fim (como já comentado na aula de felicidade) e tive algumas recaídas de volta a GADES. Mas naquele dia descobri a auto-estrada para regressar rapidamente a GADEH!

Vida é vida, em cada momento. A dormir ou acordado, no trabalho ou fora dele, sozinho, com a família, amigos, colegas ou desconhecidos, aqui ou ali, em casa ou em viagem, enérgico ou cansado, saudável ou doente, faça chuva ou faça sol. E para procurar viver cada momento a sério, a estação seguinte a GADEH é GADEA: Graças A Deus É Agora!!

Vivamos o presente, e é provável que sejamos mais felizes!

sábado, 18 de julho de 2009

O futuro das línguas

Já estou a imaginar... Além da ortografia sms, daqui a uns anos as traduções deixarão de ter intervenção humana e passaremos a ter livros, sites, tudo e mais alguma coisa, traduzidos pelo Google. As bulicenas serão simultaneamente publicadas em português, espanhol, inglês, francês, hindi, chinês, árabe... em qualquer língua, com qualidade Google (por vezes hilariante) garantida! E provavelmente passaremos nós próprios, em cada país, a escrever e falar em modo Google. Talvez em vez do esperanto acabe por vingar uma língua franca global chamada googlês?

A julgar por este anúncio que me apareceu num site, o futuro é agora:



Não é irónico que um site de aprendizagem de línguas (que por sinal me parece bastante recomendável, com muitos recursos grátis, incluindo cursos online com som e imagens, e a possibilidade de encontrar pessoas interessadas em ajudar a aprender uma língua) não se digne a arranjar nem que seja um voluntário para lhe traduzir o anúncio?

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Teste do milhão de contos

Imagina que tens um milhão de contos* no banco (ou outra quantia exorbitante que te deixaria descansado financeiramente até ao fim da vida). O que te fará levantar da cama amanhã de manhã? O que irás fazer? Onde aplicarás o teu tempo e energias – ou seja, a tua vida?


imagem encontrada aqui


Regresso à realidade. O que é que me impede de fazer aquilo que faria se realmente tivesse um milhão de contos? Por que não dedico a vida àquilo que quero profundamente, que me preenche, me completa, me faz feliz (provavelmente fazendo felizes a outros)?. Por quê dedicar-me a actividades, por vezes estúpidas, desagradáveis, inconsequentes ou, pior, de más consequências – ou tudo isso junto – só porque me ajudam a "pagar as contas"? Para morrer qualquer dia sem ter justificado a minha passagem por este mundo?

“Mas como posso não pensar em ganhar dinheiro?! Não sou rico!” Os leitores mais atentos das bulicenas podem ter reparado que “ter um milhão de contos” equivale a ter cobertura financeira infinita. Mais fácil que acumular tanto dinheiro talvez seja reduzir as necessidades financeiras para não precisar tanto dele - a Folha Forreta talvez possa ajudar. E se eu me dedicar àquilo que verdadeiramente me apaixona e me faz feliz será que a vida não fica mais fácil? Até pode ser que alguém me pague pelo que faço. Ou nem me pague mas dê acesso a recursos que me ajudam a viver uma vida materialmente mais confortável.

Amanhã é um novo dia. Vou acordar e repetir o teste do milhão de contos. Raramente me deito convencido de que vivi o dia 100% fiel ao teste, até porque nem sempre é fácil definir o que é que vale mesmo a pena. Mas se não fizer a pergunta com certeza que não encontrarei a resposta.


*É em contos que meço o custo monetário das coisas. 1 conto = mil escudos (a moeda que circulava em Portugal antes da adopção do Euro em 2002) = 5 Euros. Portanto, 1 milhão de contos = 5 milhões de Euros.

domingo, 12 de julho de 2009

Taiwan III

Surpreendentemente, visitei Taiwan (ou a República da China, ou Ilha Formosa, ou Taipé Chinesa) pela terceira vez. O mais espantoso é ter ido pela segunda vez a Kaohsiung (a segunda cidade, depois da capital, Taipé) para o mesmo evento de um desporto pouco conhecido: campeonato do mundo de juniores de pentatlo moderno. Em 1995 fui participar no meu primeiro mundial de juniores, em 2009 regressei para acompanhar o representante português. Óptima desculpa para avivar a paixão pelo pentatlo, ficar mais uns dias, relembrar experiências das visitas anteriores e conhecer um pouco mais de Taiwan. Não é uma das minhas primeiras recomendações de país a visitar, já que fica tão longe da maior parte do resto do mundo e há outros lugares interessantes mais próximos, mas vale muito a pena quando há alguma desculpa para lá ir. Aqui ficam alguns destaques das experiências turísticas, vários em forma de vídeo.


Chinês

A maioria da população de Taiwan fala... chinês (ou seja, uma ou mais línguas demasiado difíceis para perceber alguma coisa). Inglês não é muito falado fora de hotéis melhores, postos de informação turística ou poucos outros locais onde passam mais estrangeiros. Abusei dos meus profundos conhecimentos de mandarim para impressionar os locais: “ni hao” (olá) ou “ni hao ma” (como estás?), “xie xie” (obrigado), “wan an” (boa noite), “pu tao ya” (Portugal). Incrível como sorrir e usar “xie xie” a torto e direito pode gerar tanta admiração e merecer a simpatia dos locais. Talvez não tão incrível em Taiwan, já que os taiwaneses são um povo extremamente simpático: por todo o lado gente agradável, sorridente, sempre disponível para ajudar, tentando comunicar de formas criativas (em vez de porem aquela cara de “vai lá para a tua terra se não sabes falar a minha língua”), interessados na interacção com o “ocidental”.

Cartões em chinês com as moradas dos destinos são imprescindíveis para comunicar com taxistas. À falta de cartão, apontar para a esquerda, direita ou em frente resolve o problema quando se sabe o caminho. (Surpreendente que nunca tenha sentido que algum taxista se tentasse aproveitar da dificuldade de comunicação e da falta de conhecimento da cidade; houve até um que, por não ter ido directo ao destino e ter andado a pedir indicações, descontou 10% da tarifa do taxímetro.)

Para comprar comida, nada como linguagem gestual e apontar para o que queremos comer (adorei os restaurantes básicos com comida à vista para escolher, a um ou dois Euros por refeição).



Comprar bilhetes de comboio numa máquina que não falava muito inglês foi um desafio interessante.




Parcialmente superado: deu para viajar... mas sem lugar sentado!




Mercados nocturnos

Em Taiwan há mercados nocturnos por todo o lado, lotados em qualquer noite da semana. Bebida, comida, diversões, roupa, bijutarias e outros objectos de utilidade duvidosa. Talvez não tanto como o sentido da vista (entretida com muita cor e movimento), mas provavelmente mais do que o gosto (dependendo da propensão à experimentação), o olfacto é intensamente estimulado: variadíssimos odores, intensos e subtis, familiares e desconhecidos, agradáveis e nauseantes (como o do tofu fedorento).

Aqui fica um passeio pelo mercado nocturno Rueifeng em Kaohsiung (7'46”).



Os autóctones, além de comer, divertem-se com uma ou duas dezenas de jogos que se repetem em cada mercado nocturno: bingo, lançamento de bolas de basebol, de basquetebol, de argolas, tiro ao balão, máquinas tipo slot machines... Há jogos para graúdos e para miúdos.

Como em todo o lado (talvez excepto em Singapura?), há vendedores “informais” nestes mercados. Não reparei se havia pirataria de marcas conhecidas, mas provavelmente havia vendedores sem licença, a julgar pela rápida (e divertida) fuga ao aparecer a polícia:




Comida

Os mercados nocturnos são óptimos destinos para quem não jantou e tem vontade de experimentar (por vezes precisando também de algum espírito de aventura). Comidas doces e salgadas. Frutas, gelo raspado, bolinhos de arroz, milho, tofu (incluindo tofu fedorento), carnes (aparentemente), sushi, lulas assadas (panadas ou não), frituras diversas (em óleos suspeitos) e outras substâncias não identificadas... Batidos de frutas, chá (com ou sem leite, com ou sem pérolas de farinha de tapioca), água de coco, caldo de cana...

Durante os dias em Taiwan os meus pequenos-almoços foram bastante taiwaneses, geralmente incluindo arroz (cozido, seco ou tipo papa) acompanhado (sim, para mim arroz é o prato principal, o resto são acompanhamentos!) de alguns legumes, tofu, ovo...



As sobremesas de gelo raspado foram um dos destaques da minha primeira visita a Taiwan em 1995. Nas vésperas de entrarmos em competição, a família anfitriã (que “adoptou” a delegação portuguesa durante a nossa estadia e nos levou a passear em Kaohsiung) levou-nos a experimentá-las. Trouxeram um prato enorme para cada atleta e desafiaram-nos a comer até ao fim. Um Everest de gelo, coberto com algumas coisas doces por cima (pérolas de tapioca ou outra farinha, feijão, amendoim, fruta, talvez um pouco de leite condensado...) – portanto uma óptima forma de repormos a água perdida nos treinos naquele clima brutalmente húmido.



Nesta viagem recordei essa primeira experiência (em doses mais moderadas) mais ou menos dia sim dia não, tanto numa moderna rede de franchising (o local “mcdonalds” do gelo raspado), que até faz entrega ao domicílio,



como nos tradicionais mercados nocturnos.



Em Hualien encontram-se lojas de tradicionais muaji a cada quatro portas. São doces de farinha de arroz com recheios diversos: feijão, amendoim, coco, sementes de sésamo, fruta... Não muito doces, mas muito saborosos. O mais simpático nestas lojas é que permitem provar pedaços de doces, sem limites! O limite acaba por ser o grau de desconforto de quem prova, que a certa altura – apostam os donos da loja – não consegue deixar a consciência descansada sem comprar qualquer coisa. Óptimo para indivíduos sem escrúpulos como eu. :)




Karaoke

Desta vez não experimentei, mas há 14 anos foi um dos pontos altos dos dias em Taiwan: a noite em que saí (de scooter, claro) com uns jovens locais e primeiro jogámos bowling e depois, já talvez pela uma da manhã, fomos para uma sala de KTV. Uma sala privada, de uns 10 metros quadrados, onde o grupo (éramos uns seis) se juntou a cantar músicas, em mandarim, obviamente, à volta de uma televisão com sistema de karaoke. A certa altura pediram-me que cantasse alguma coisa. Procurei uma canção minimamente familiar na curta secção do catálogo em inglês. Apenas uma me pareceu possivelmente conhecida. Tive a honestidade de propor tentar cantar, dada a insistência do grupo. Era mesmo vagamente conhecida, por isso deu para ir lendo a letra e arriscando uns tons remotamente adequados (se é que eu alguma vez soube o que são tons). No fim eles aplaudiram, certamente mais por simpatia do que por prazer ou admiração. A noite acabou como todas: com o sol a nascer. A diferença era eu estar acordado, a tomar um pequeno-almoço taiwanês com um grupo de jovens com quem 90% da comunicação era gestual.

Taiwan continua a ser a terra do karaoke e do KTV. As letras KTV abundam em letreiros e outdoors pelas ruas das cidades. A ocasional voz (desde a esganiçada à profissional) ao microfone num qualquer café aberto para a rua. Até em mercados nocturnos se encontra karaoke.


País dos rodinhas

Taiwan é mais um país dos rodinhas. Não tão impressionante como o Vietname ou o Cambodja, onde as motos são maioria no trânsito, porque em Taiwan existe um parque automóvel considerável que dilui os veículos de duas rodas.

Para visitar o parque natural de Taroko, onde não era tão fácil chegar de outra forma a partir de Hualien, a solução foi alugar uma scooter (pela primeira vez usei oficialmente a minha carta de condução de motos, tirada há nove anos). 12 Euros por 24 horas – barato, não? Saía quase o mesmo preço alugar duas bicicletas. Não posso dizer que tenha adorado a experiência: que desconforto e que sono! Depois de uns 20 km já não havia posição confortável. E, provavelmente devido ao vento e às baixas frequências do motor, fiquei cheio de sono, mesmo quase a adormecer (o que não dá muito jeito numa moto, seja a conduzir ou à pendura).



Circulam também bastantes bicicletas pelas cidades, mas pareceu-me ser mais por lazer do que como forma de transporte urbano habitual. Taiwan parece sofrer de uma epidemia de “febre das bicicletas dobráveis” neste momento: um terço ou mais das bicicletas eram daquelas de rodas pequenas que se podem dobrar e, por exemplo, mais facilmente levar nos transportes públicos. Muitas lojas (de telemóveis, electrodomésticos, roupa...) tinham à porta uma dessas bicicletas, aparentemente brinde de alguma promoção.




Animais domésticos & Hello Kitty

Animais domésticos, em especial cãezinhos, parecem fascinar muitos taiwaneses. Além da abundância de lojas de animais domésticos, na rua e até em mercados nocturnos, vêem-se pessoas a transportar o cãozinho no cesto ou entre as pernas nas scooters, ou até em carrinho de bebé!



Na minha avaliação pouco informada, apostaria que o fascínio pelos animais domésticos tem algo a ver com o fascínio por bonequinhos como a Hello Kitty e seus amigos. Devem existir versões Hello Kitty de qualquer tipo de objecto: roupa, calçado, toalhas, lençóis, bicicletas, capacetes, porta-chaves, carteiras, pensos rápidos, relógios, telemóveis, leitores de mp3, pen-drives, isqueiros, máquinas de jogos, balanças, torradeiras, panelas de arroz...



Não me lembro se vi scooters, mas não vi carros, nem aviões, nem lounge de aeroporto, nem casas, nem resort Helllo Kitty.


Lojas de casamento

Impossível não reparar nas “lojas de casamento” em ruas importantes de Taipé e Kaohsiung (e suponho que outras cidades do país). Dezenas de lojas seguidas (porta sim, porta sim), todas seguindo o mesmo modelo. Decoração luxuosa, espaçosas, preenchidas com mesas para três ou quatro pessoas, à volta das quais um ou dois vendedores discutem com casais, imagino, os múltiplos pormenores de um dia de sonho. Nas montras, vestidos de noiva (e por vezes de noivo). À porta, catálogos de fotografias “românticas” em monumentos, no meio da natureza, ou em algum lugar da cidade. A indústria de casamentos em Taiwan deve estar a bombar!




Setonze

Nesta região do mundo abundam lojas de conveniência 7-Eleven (“setonze” em português?). Inventadas nos EUA, por alguma razão têm um incrível sucesso no sudeste asiático e extremo oriente. Em Taiwan há uma loja 7-Eleven em cada esquina.



Vendem tudo: bebidas (chá, café, refrigerantes, álcool), snacks (cenas para matar a fome: gelados, bolachas, batatas fritas e outros salgados, frutos secos, fruta seca, incluindo umas “exquisitas” – em espanhol, mas talvez também em português – passas de azeitona, ovos “do século”, etc.), comida pronta (sanduíches, salsichas, sushi, pratos prontos de arroz com legumes e um panado de qualquer coisa) ou instantânea (noodles), tabaco, cartões de telefone, equipamento electrónico (leitores mp3, pen-drives, ratos, webcams, telemóveis), DVDs com filmes e jogos, jornais e revistas, produtos de limpeza, cosméticos, etc. etc. etc. Cada loja 7-Eleven costuma ter um ATM (caixa multi-banco) e uma máquina semelhante onde parece ser possível comprar bilhetes para eventos, pagar contas e sei lá mais o quê. É até possível enviar correio expresso DHL.


Obras de engenharia

Finalmente, esta viagem possibilitou experimentar, além do novíssimo metro de Kaohsiung, duas grandes obras de engenharia que não existiam nas minhas anteriores visitas:

Taipei 101 – com 101 andares e 509 metros de altura, é a torre mais alta do mundo (ou foi pelo menos em algum momento nos últimos anos, em alguma definição específica, já que estes recordes estão sempre a ser batidos). Permite apreciar uma vista privilegiada sobre Taipé desde o 90º andar, para onde se sobe nos elevadores mais rápidos do mundo, que atingem espectaculares mas imperceptíveis 60 km/h.



Taiwan High Speed Rail – comboio rápido que liga Taipé a Kaohsiung: 345 km em 96 minutos, com uma paragem. A viagem já de noite não foi tão espectacular como teria sido de dia, mas este vídeo já dá uma sensação de velocidade.




Foram dez dias muito agradáveis num país bem diferente. Quem sabe regresso em 2023 para mais um campeonato do mundo de juniores de pentatlo moderno?