quarta-feira, 14 de novembro de 2012

RIP: Calções vermelhos

É com muito pesar que, após intensos meses de buscas infrutíferas, confirmamos o desaparecimento dos famosos calções vermelhos. Foram vistos pela última vez na companhia da camisola do Clube Pentajovem (ver link), na zona de Miraflores, arredores de Lisboa. Suspeita-se de atentado premeditado mas não foram encontradas provas nem pistas que desvendem o caso. Companheiros inseparáveis durante mais de 15 anos, resta-nos o consolo de que repousem em paz na companhia um do outro.

sábado, 4 de agosto de 2012

Desporto português

Consigo surpreender-me a mim próprio com a minha ingenuidade (ou má memória?). Como não me chegam facilmente notícias dos olímpicos portugueses, decidi visitar o site do primeiro jornal que me veio à cabeça e ir à secção de "desporto".

Quem abre a página e sabe que está a acontecer um dos maiores eventos desportivos mundiais (estou a falar dos Jogos Olímpicos em Londres) pergunta-se:
a) Será que esta página morreu há algum tempo e alguém se esqueceu de a tirar da net?
b) Despediram a pessoa responsável por atualizar a página??
c) Ninguém quer saber dos Jogos Olímpicos em Portugal???
d) ????

Nos destaques Especiais aparece o "Euro 2012" (notícias da atualidade!!) e as "Construções na Areia" (pelas quais nutro particular carinho, mas não era o que procurava).

Olhei as sub-secções da página de desporto e fiquei felicíssimo de encontrar "Jogos em directo"!


  • Benfica 
  • FC Porto 
  • Sporting 
  • Selecção 
  • Jogos em directo 
  • Classif. 
  • Fut. Nac. 
  • Fut. Intern. 
  • Outras Modalidades


Aha! Vou encontrar um resumo do dia e resultados dos portugas olímpicos!!

Não. "Jogos em directo" é, claro, OBVIAMENTE, mas onde é que estava a minha cabeça, quase pleonasticamente: "Jogos DE FUTEBOL em directo".

No meio de "notícias" totalmente irrelevantes (na minha ignorância futebolística suspeito que neste momento não acontece NADA no futebol além do torneio olímpico? Ok, e de rumores de transferências milionárias para a próxima época??), lá encontrei um par de notícias olímpicas. E a partir dessas algumas outras.

Depois até vi a caixinha, para mim quase invisível, para uma página dedicada aos jogos.

E então vi este link e lembrei-me: "Desporto" em português quer dizer "Futebol". O que eu chamo (em buliês) "Desporto" chama-se "Outras modalidades" em português.

Tudo na mesma por aí, e eu, emigra, a pensar que talvez não. As boas notícias são que há uns 10 anos que não tenho de aturar discussões à segunda-feira sobre o futebol do fim-de-semana, ou telejornais preenchidos com o tropeção de não-sei-que-jogador no treino da manhã, ou...

Bom desporto buliês!


PS: 24 horas depois, reconheço que fui ao jornal errado. N'O Público os Jogos têm destaque logo na entrada do site. E talvez haja por aí melhores fontes de informação olímpica portuguesa?

terça-feira, 31 de julho de 2012

Mr. Bean in the Olympics

Não sou o maior fã dos Jogos Olímpicos, dos seus orçamentos exagerados (p.ex., em efémeras cerimónias de abertura e encerramento, ou, pior, mega-instalações desportivas que ficarão às moscas depois de Setembro) e concentração da elite mundial do desporto (que não necessariamente promove real prática desportiva de massas).

Encontro imensa inspiração em imagens desportivas, incluindo atletas de elite e desconhecidos (e consigo, mas não costumo, passar horas a ver provas que a maior parte da humanidade achará absolutamente desinteressantes), mas acredito que desporto é para praticar, não tanto para ver.

Aqui está o único pedaço da cerimónia de abertura de Londres 2012, que acabo de ver e me fez sorrir:

 


Pequenas observações, que dariam para muito mais:
. Impossível manter o dedo a teclar de forma verosímil durante tanto tempo!
. Achei divertido, mas certamente a mensagem poderia ser mais ética e desportivista, e ainda assim divertida
. O copo na mochila atrás dele parece de um daqueles históricos patrocinadores dos Jogos que historicamente tem contribuído para a obesidade global, e provavelmente contém um famoso líquido escuro de outro histórico patrocinador que tem contribuído significativamente para a mesma causa... Os Jogos são bastante limpos de marcas nas instalações oficiais... para quando uma limpeza de patrocinadores (substituindo-os ou tornando-os saudáveis etc.), com alinhamento de valores entre as marcas e a Carta Olímpica? Certamente haverá empresas mais alinhadas prontas a financiar o Movimento Olímpico?

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Matt contra-ataca!

O Matt está de volta! Excelentes energias hiper-positivas, como sempre! E desta vez ele trabalhou duro para aprender a dançar muitas coisas diferentes! Obrigadão!

Aqui lê-se um excelente artigo analisando a evolução do Matt entre 2005 e 2012, de dançar (terrivelmente) à volta do mundo para dançar com o mundo e unir o mundo dançando.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Amélie

Na semana passada ocorreu-me ouvir a banda sonora da Amélie (que não ouvia talvez há uns 10 anos).

Hoje, no avião, ocorreu-me ver se havia algum filme que me apetecesse ver... e a Amélie era o último listado nos "filmes europeus". Coincidência?? Já só deu tempo de ver 2/3 antes de aterrar. Tempo tremendamente bem investido. Já não me lembrava de quão fantástico o filme é. Cheio de pequenos detalhes (muitos provavelmente escaparam-me), de um ritmo animado, bom humor, energias positivas... a inspirar viver a vida curtindo o tanto que ela tem de bom.*



Se ainda não viste, vê urgentemente!

E eu tenho de ver a Cidade das Crianças Perdidas, que, a julgar pela Amélie, Micmacs e Delicatessen, também só pode ser excelente.

* E a lembrar-me como o meu francês é péssimo! Eu a pensar que ia ter uma aula enquanto via o filme, desisti de tentar acompanhar os diálogos rápidos sem usar as legendas em inglês...

domingo, 13 de maio de 2012

Obrigado, Mãe!




Nota: Hoje é Dia da Mãe em muitos países... mas dia da mãe é todos os dias!

terça-feira, 24 de abril de 2012

quinta-feira, 29 de março de 2012

domingo, 25 de março de 2012

Conformidade

Hoje lembrei-me do meu professor de Literatura Espanhola de 1º de BUP (equivalente ao 9º ano) e de como nos desafiava a identificar o tema dos livros analisados. Nunca óbvio (e sempre subjetivo, apesar de o professor parecer pensar que não).

Fui ver The Hunger Games (do qual gostei muito, mas não é difícil que eu adore histórias de ficção científica e/ou regimes totalitários). No filme, 24 adolescentes (um rapaz e uma rapariga escolhidos de cada um dos 12 distritos do país) participam num reality show em que o vencedor é o único sobrevivente. Como em tantos dilemas do prisioneiro, os jovens não se lembram de formar uma coligação contra os organizadores do programa e rapidamente começa uma carnificina.



O tema do filme para mim é conformidade: o seguimento das normas esperadas pelo grupo ou sociedade.

Um exemplo mais fácil de relacionar é a guerra: países de todo o mundo escolhem e treinam os seus cidadãos mais capazes fisicamente (jovens por volta dos 20 anos) e enviam-nos para morrer em estúpidas guerras (perdoem o pleonasmo). Como se nota, tenho grande dificuldade em justificar uma guerra (fica para outra bulicena), mas em especial custa-me entender como é possível recrutar tantos jovens para irem matar e morrer por causas alheias.

Conformidade.

Mais perto do meu dia-a-dia (já que felizmente nunca estive num cenário de guerra - Cabul estava sossegada em Agosto de 2003 - e deixei de estar na reserva de recrutamento desde 1/Jan/2012 - se bem que se Portugal entrar em guerra alguém pode tentar reincorporar-me), quantas vezes escolho submeter-me a regras com as quais não me identifico? Quais os "jogos" que decido jogar? Vivo a minha vida como quero, ou como acho que os outros acham que a devo viver? Até onde estou disposto a ir? Em troca de quê? Comida? Dinheiro? Status? De não ser chateado, ridicularizado, preso, morto? Escolho conscientemente para alcançar um bem maior? Quantas vezes jogo cegamente, sem pensar? Ou me engano a mim próprio com racionalizações?

Conformidade...

domingo, 11 de março de 2012

Dragon Ball

Durante o curso no Técnico, há uns 16 anos (glp!), entrei uma tarde na cafetaria da cantina e encontrei um monte de alunos hipnotizados pela TV. Descobri que estavam a ver um tal de "Dragonball" (série de desenhos animados japoneses, ou anime). Fiquei realmente espantado ao ver malta de 20 anos tão fanática por desenhos animados, a ponto de tornar uma prioridade assistir aos episódios diários (enquanto as minhas prioridades passavam por correr, esgrimir, etc., publicar uma revista, ou talvez fazer algum trabalho da faculdade). Em conversa com um amigo, aprendi que era uma série de artes marciais, em que os combates por vezes duravam vários episódios (???). Nunca assisti a nenhum, mas fiquei a pensar "como é que isso pode ser interessante??"

...

15 anos depois...

Na minha primeira viagem ao Japão, uns dias depois da maratona de Tóquio e uns dias antes do famoso tsunami (que me deixou sem grande inspiração para escrever sobre a viagem, por achá-la tão... leviana face ao sofrimento de quem levou com o tsunami em cima)... numa pequena pousada em Nara, perto de Quioto, havia uma estante com alguns livros que os hóspedes podiam ler. Numa olhada rápida, três lombadas vermelhas saltaram à vista.



Eram três dos primeiros volumes da série original de banda desenhada japonesa (ou manga) "do" Dragon Ball (na qual a série de anime se baseou). Recordando os meus amigos fanáticos de anos atrás, peguei no primeiro volume e decidi dar uma olhada, curioso por finalmente perceber qual a piada daquilo!

Não consegui parar de ler.

Li o primeiro volume de uma vez, e no dia seguinte li os outros dois (com o brutal custo de oportunidade de dormir, ou ir passear em Nara! mas o frio exterior ajudava a motivar para aquela hora no quentinho dentro de casa).

Há dias comprei 8 volumes da série em saldos numa livraria que ia fechar e tenho lido um por semana. É sempre tempo bem passado: não só é divertido como transmite boas lições, boas energias e me faz refletir sobre mim mesmo.

Dragon Ball é simplesmente espetacular.

O autor, Akira Toriyama é brilhante. Excelente criador de histórias: épicas, cheias de aventuras, emoção, habilidades e poderes incríveis, muito muito humor, personagens carismáticas e coerentes, caricaturadas, muitas vezes ridículas, muitas vezes admiráveis e inspiradoras... Mas também excelente desenhador: traços simples mas incrivelmente comunicadores, quadrinhos dramáticos, estáticos mas cheios de movimento, de energia, de som, de impacto... Sou grande fã das bocas: algo tão simples como uma elipse deformada dando tanta alma e emoção às personagens.



Son Goku, o simpático puto protagonista (que há 16 anos eu pensava ser o "Dragonball", e com quem algumas crianças naquela altura me confundiam quando o meu cabelo estava mais comprido), desenhado na capa do livro acima, é particularmente espetacular e inspirador:
. Imaculadamente bom, com zero maldade
. Super-hiper-honesto, muitas vezes ingénuo, nunca aplicador de truques menos limpos, muitas vezes alvo deles
. Sempre sempre bem disposto, a emanar infinitas energias positivas, cheio de alegria de viver (e de lutar), mesmo - ou especialmente - quando embrenhado na mais épica final do maior torneio de artes marciais do mundo (O Mais Forte Debaixo dos Céus)
. Grande amigo, leal, companheiro, em especial quando em combate (Son Goku para Kuririn, o melhor amigo, quando se defrontaram pela primeira vez num torneio, nas meias-finais da 22a edição d'O Mais Forte Debaixo dos Céus: "Estou tão entusiasmado! Vou dar o meu melhor!! Tu também, OK, Kuririn?")
. O maior respeitador dos adversários: quando vitorioso ("Talvez ele estivesse num mau dia hoje...") e quando derrotado ("Que grande combate! Ele é mesmo muito bom!! Que privilégio poder aprender com ele!")
. Incansável trabalhador, aplicado, com a melhor ética de trabalho alguma vez vista, infinita força de vontade, sempre preocupado em desenvolver-se mais e mais e mais (por exemplo, passando 3 anos a treinar a cauda - o seu "calcanhar de Aquiles"), para ficar mais forte, mais rápido, sempre melhor

Quando for grande quero ser como o Son Goku!

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

2 x Ishmael

A puzzled bookstore seller: "Are you taking the same book twice??"

Smiling: "Yes. It's a very good book!"



What?! You haven't read Ishmael, by Daniel Quinn, yet?

Get it now or ask someone (e.g., me) for a copy. Urgent!

sábado, 7 de janeiro de 2012

Buli no Twitter

Depois de um ano bastante pobre em bulicenas, decidi experimentar uma nova forma de comunicação eletrónica. Nunca percebi para que serve o twitter mas pensei que me pode servir para:
. Obrigar a sintetizar ideias na sua essência
. Escrever pouco (prometo não mais de 140 caracteres), poupando os leitores a bulicenas-maratona, deixando poucos textos a meio e nunca publicados
. Provavelmente aumentar a frequência de publicação
. Eventualmente chatear mais gente

A linha editorial não está definida - se hace el camino al andar.

Podem encontrar-me aqui, ou simplesmente ler os últimos tweets aqui à direita na barra lateral do blog.

Quer dizer que as bulicenas acabaram? Não. Quando houver algum texto ou outra partilha a precisar de sair urgentemente das entranhas, aqui virei ahn... escrevê-lo.

Também é possível que escreva de vez em quando (mas a julgar pelo histórico será mesmo só de veeeeeeeez eeeemmmmm quaaaaaando) no blog da minha empresa.

Até breve - por e-mail, blog, twitter, telepatia, postal, ao vivo!


PS: Não, (ainda?) não estou no facebook :)

domingo, 1 de janeiro de 2012

Flecha kamikaze

Competição anual de pentatlo moderno. Na minha pior forma de sempre (depois de dois meses sem correr – paragem mais longa em 18 anos – em recuperação de entorse grave), ainda mais que habitualmente, o objetivo era passar excelentes momentos com os meus amigos pentatletas – os de sempre e os mais recentes.

Na esgrima, a falta de treino não poderia ser desculpa para um mau resultado. Não treino esgrima regularmente desde 2002, portanto se precisasse de treino para fazer alguma coisa estaria tramado. E verifiquei em anos anteriores que é possível chegar à prova, colocar-me no estado mental certo e fazer um ótimo resultado. A única diferença era a incerteza sobre quanto o meu tornozelo iria aguentar e alguma rigidez muscular devido a uma queda do cavalo (ou melhor, uma queda minha, do cavalo para o chão) um par de horas antes.

Começou a prova e... de repente, sem aviso prévio, uma flecha kamikaze. E outra. E outra! Outra, outra, outra! Quando o ombro desabituado do esforço começava a doer, uma flecha para resolver o assunto. Quando não sabia o que fazer, uma flecha. Por razão nenhuma, uma flecha. Uma chuva de flechas kamikaze!

Mas o que são flechas kamikaze e porquê escrever sobre elas durante a passagem de ano??

A flecha é um movimento de esgrima em que o esgrimista sai disparado em direção ao outro para lhe tocar (quem gosta de ler pode aprender mais aqui e recomendo este vídeo para um monte de exemplos, nem sempre tecnicamente perfeitos). Uma boa flecha é realizada no momento certo (apanhando o adversário desprevenido), da distância certa, com preparação (p. ex., uma finta) e velocidade.

Foto copiada daqui, espero que sem infringir direitos de autor (quando encontrar uma minha substituo...)


A flecha kamikaze, como o nome indica, é uma versão mais suicida do movimento, que aprendi com o Stascio (um treinador polaco que treinou a seleção nacional entre 1997 e 1998). Se bem recordo, a diferença era a menor (mas não nula!) preparação, para aumentar a velocidade e o efeito surpresa.

E só quase 15 anos depois reparo como a flecha kamikaze oferece lições bem para além da esgrima e do desporto. Tal como na flecha kamikaze, há muitos momentos na vida em que posso ser:

. Mais assertivo, determinado, focado e confiante: A flecha não sai se eu estiver num estado passivo, conformado, desanimado, ou simplesmente distraído. Quando saio em flecha, na verdade eu já ganhei o toque: já o senti, já o visualizei, na minha cabeça ele já aconteceu – só falta o corpo recuperar o atraso e consumar o que já aconteceu. Fora do desporto é a mesma coisa: quando estou todo ali, a viver o presente, quando acredito, visualizo o meu objetivo e o faço acontecer na minha cabeça, parece que depois tudo é simples, mesmo se complexo, e “basta” executar.

. Mais rápido e orientado para a ação: A flecha não é consequência de uma cuidadosa ponderação de prós e contras, de uma análise exaustiva da situação, mas sim de um momento inspirado em que o subconsciente diz que faz sentido avançar. Não advogo seguir cegamente o instinto: as minhas flechas são reflexos surgidos de imensas horas de treino que ficaram codificadas no meu corpo e me permitem tomar decisões sem as tomar, de forma automática, com o subconsciente. A experiência pode ajudar a agir da mesma forma em muitas áreas da vida. Mas, mesmo sem experiência, muitas vezes uma ação rápida tira-me com pouco ou nenhum risco da paralisia devida à indecisão ou à busca pela perfeição inexistente – o que posso perder se não sair perfeita? (Nesta competição muitas flechas saíram particularmente imperfeitas, ainda assim com ótimos resultados!)

. Mais em “fluxo”: As flechas não costumam acontecer sozinhas, como estrelas cadentes isoladas. Quando estou no estado mental certo elas simplesmente vão acontecendo, uma atrás da outra. Em 1997, uma chuva mágica de flechas kamikaze no Europeu de juniores de pentatlo levou-me ao melhor resultado internacional de sempre (15o). Fora do desporto também tenho vivido alguns períodos de fluxo, em que tudo faz sentido, em que sinto todo o meu ser (corpo, mente, coração e alma) alinhado, alegre, feliz, motivado, e tudo é bom e tudo sai bem, geralmente com muito trabalho mas sem esforço. Como se fosse magia. Como seria bom viver o tempo todo assim!


Quando sabemos e quando não sabemos bem o que fazer, o caminho é o mesmo: em frente!

Força aí! Muitas flechas kamikaze para todos em 2012!