Corrida de reconhecimento à volta do hotel isolado onde estou, perto de Belo Horizonte, estado de Minas Gerais, Brasil.
Decidi literalmente perder-me nas subidas e descidas aqui em volta (parece que "plano" é conceito desconhecido por estas bandas - passei por várias ruas com inclinação próxima de 45 graus, sem exagero). Corri numa determinada direcção mas fui obrigado a fazer curvas aqui e ali, sabendo que seria bem difícil fazer o mesmo caminho de volta. Mas o hotel está ao lado do Carrefour e Makro, por isso seria sempre fácil perguntar a alguém na rua - obrigado à meia dúzia de pessoas que me ajudaram a voltar!
70 minutos de corrida, uns 15 km, por bairros de uma aparente classe média-baixa, acredito que razoavelmente representativa de grande parte da população brasileira.
Singapura é o país que conheço onde se encontra a maior variedade possível de templos e igrejas das várias religiões e afins: templos hindus, templos budistas, templos chineses, igrejas católicas, protestantes, anglicanas, mesquitas, sinagogas...
Já me tinha esquecido de como no Brasil se encontra a maior variedade possível de igrejas e templos cristãos e afins. Nesta corrida passei por dezenas de igrejas, capelas, templos, garagens, espaços mais permanentes ou mais improvisados de todo o tipo, minúsculos, pequenos e médios, quase vazios ou a transbordar, tipicamente em alegres cantorias, ou escutando as palavras do padre, pastor, bispo, etc.
Num dos locais (Igreja Maranata), 4 ou 5 pessoas escutavam o sermão virados para uma espécie de altar... vazio. A voz era de um pastor projectado na parede, gravado ou transmitido em directo de algum outro templo. Inovadora solução para o problema da falta de vocações!! (João, vê lá o que é que o pessoal acha aí no Vaticano :) )
Das que recordo, passei à frente de templos e afins das seguintes igrejas (ou outras com nomes parecidos):
Igreja Católica
Igreja Universal do Reino de Deus
Igreja Pentecostal Deus é Amor
Igreja Cristã Evangélica do Brasil
Igreja Cristã Maranata
Igreja Metodista Wesleyana
entre outras!
Que seja tudo para maior glória de Deus e para felicidade e salvação da humanidade!
domingo, 25 de setembro de 2011
sábado, 24 de setembro de 2011
Regresso ao Brasil
Emocionante voltar ao Brasil depois de 4 anos! (faria 4 anos daqui a 3 dias)
Aterrar em Guarulhos e começar a ver paisagens familiares lá de cima - a auto-est... ahn... rodovia para a cidade, as favelas próximas do aeroporto... Atravessar o aeroporto que está na mesma, em passo acelerado para poupar tempo na emigração de sempre, onde o funcionário me fez lembrar que era a primeira vez que entrava desde que deixei de ter visto de residente. Passar pela alfândega pelo canal de "Declarante" (com a vantagem de furar a enorme fila de "Nada a declarar") e perceber que estava realmente no Brasil: o funcionário mandou-me seguir (sem pagar imposto pelo computador que trazia) e disse baixinho para a colega "Só o trabalho que ia dar cobrar o imposto..." À saída, recordar as tantas vezes que ali cheguei, vindo de projectos no México, El Salvador, Dubai, Chile, Milão, Lisboa... Ver as cafetarias de esquina e recordar o pão de batata para matar a fome antes de um voo longo. Ir ao ATM do Itaú e verificar que o meu cartão mágico ainda funciona e ainda saem reais da minha conta. Ver os táxis e recordar as sestas até à cidade... ou as gordas dos jornais, cada vez com um novo escândalo de corrupção.
O check-in para o voo seguinte, para Belo Horizonte, voltou a dizer-me "Bem-vindo ao Brasil!" Habituado a chegar ao aeroporto de Singapura sempre em cima da hora e a fazer o check-in em 5min, desta vez tive 1 hora de bich... ahn... fila. Fui atendido quando faltavam 30min para o voo partir. Sem stress: o voo atrasou 40min.
Vá lá, a fila de controlo de segurança estava curta. Lembrei-me das vezes que ali passei quando já só faltavam 20min para o voo partir e corri até ao portão de embarque onde já me chamavam para fechar o voo.
Fascinante como tanta coisa pode estar "gravada" em nós, associada a lugares, imagens, cheiros... Avalanches de memórias vindas sei lá de onde que me deixaram com um sorriso feliz (provavelmente um sorriso parvo para quem me visse). E tudo isto antes de ver qualquer um dos imensos amigos que vou reencontrar nas próximas 2 semanas!
Um pouco como voltar a casa?
Aterrar em Guarulhos e começar a ver paisagens familiares lá de cima - a auto-est... ahn... rodovia para a cidade, as favelas próximas do aeroporto... Atravessar o aeroporto que está na mesma, em passo acelerado para poupar tempo na emigração de sempre, onde o funcionário me fez lembrar que era a primeira vez que entrava desde que deixei de ter visto de residente. Passar pela alfândega pelo canal de "Declarante" (com a vantagem de furar a enorme fila de "Nada a declarar") e perceber que estava realmente no Brasil: o funcionário mandou-me seguir (sem pagar imposto pelo computador que trazia) e disse baixinho para a colega "Só o trabalho que ia dar cobrar o imposto..." À saída, recordar as tantas vezes que ali cheguei, vindo de projectos no México, El Salvador, Dubai, Chile, Milão, Lisboa... Ver as cafetarias de esquina e recordar o pão de batata para matar a fome antes de um voo longo. Ir ao ATM do Itaú e verificar que o meu cartão mágico ainda funciona e ainda saem reais da minha conta. Ver os táxis e recordar as sestas até à cidade... ou as gordas dos jornais, cada vez com um novo escândalo de corrupção.
O check-in para o voo seguinte, para Belo Horizonte, voltou a dizer-me "Bem-vindo ao Brasil!" Habituado a chegar ao aeroporto de Singapura sempre em cima da hora e a fazer o check-in em 5min, desta vez tive 1 hora de bich... ahn... fila. Fui atendido quando faltavam 30min para o voo partir. Sem stress: o voo atrasou 40min.
Vá lá, a fila de controlo de segurança estava curta. Lembrei-me das vezes que ali passei quando já só faltavam 20min para o voo partir e corri até ao portão de embarque onde já me chamavam para fechar o voo.
Fascinante como tanta coisa pode estar "gravada" em nós, associada a lugares, imagens, cheiros... Avalanches de memórias vindas sei lá de onde que me deixaram com um sorriso feliz (provavelmente um sorriso parvo para quem me visse). E tudo isto antes de ver qualquer um dos imensos amigos que vou reencontrar nas próximas 2 semanas!
Um pouco como voltar a casa?
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