sábado, 24 de setembro de 2011

Regresso ao Brasil

Emocionante voltar ao Brasil depois de 4 anos! (faria 4 anos daqui a 3 dias)

Aterrar em Guarulhos e começar a ver paisagens familiares lá de cima - a auto-est... ahn... rodovia para a cidade, as favelas próximas do aeroporto... Atravessar o aeroporto que está na mesma, em passo acelerado para poupar tempo na emigração de sempre, onde o funcionário me fez lembrar que era a primeira vez que entrava desde que deixei de ter visto de residente. Passar pela alfândega pelo canal de "Declarante" (com a vantagem de furar a enorme fila de "Nada a declarar") e perceber que estava realmente no Brasil: o funcionário mandou-me seguir (sem pagar imposto pelo computador que trazia) e disse baixinho para a colega "Só o trabalho que ia dar cobrar o imposto..." À saída, recordar as tantas vezes que ali cheguei, vindo de projectos no México, El Salvador, Dubai, Chile, Milão, Lisboa... Ver as cafetarias de esquina e recordar o pão de batata para matar a fome antes de um voo longo. Ir ao ATM do Itaú e verificar que o meu cartão mágico ainda funciona e ainda saem reais da minha conta. Ver os táxis e recordar as sestas até à cidade... ou as gordas dos jornais, cada vez com um novo escândalo de corrupção.

O check-in para o voo seguinte, para Belo Horizonte, voltou a dizer-me "Bem-vindo ao Brasil!" Habituado a chegar ao aeroporto de Singapura sempre em cima da hora e a fazer o check-in em 5min, desta vez tive 1 hora de bich... ahn... fila. Fui atendido quando faltavam 30min para o voo partir. Sem stress: o voo atrasou 40min.

Vá lá, a fila de controlo de segurança estava curta. Lembrei-me das vezes que ali passei quando já só faltavam 20min para o voo partir e corri até ao portão de embarque onde já me chamavam para fechar o voo.

Fascinante como tanta coisa pode estar "gravada" em nós, associada a lugares, imagens, cheiros... Avalanches de memórias vindas sei lá de onde que me deixaram com um sorriso feliz (provavelmente um sorriso parvo para quem me visse). E tudo isto antes de ver qualquer um dos imensos amigos que vou reencontrar nas próximas 2 semanas!

Um pouco como voltar a casa?

3 comentários:

  1. Casa é o sítio onde penduras o chapéu. (hoje em dia seria mais algo como "o sítio onde pousas o telemóvel"...) Mas quantas "casas" tens afinal? Estou a ver 3 continentes, pelo menos : )

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  2. Buli: não sei se tens noção disto, mas esse sorriso é uma constante em ti! Não tem nada de parvo para quem te vê, só nos faz pensar que uma avalanche de memórias, descobertas... te invade a todos os momentos (transbordando em forma de sorriso), estimulada pelo que seja que esteja a acontecer… e que estás em constante ligação e presença com todas as coisas que te rodeiam, qualquer que seja a paisagem, e inclusive connosco, o que também nos faz sentir ligados e felizes. Bom regresso! Queremos fotos!

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  3. FIXE!
    "A nossa casa é o mundo" já dizia Nadal, um dos fundadores da Companhia de Jesus, enfatizando o que distinguia a nova congregação religiosa daquelas existentes até então, conventuais ou monacais (ou seja, feita de religiosos que não saíam muito...).
    E, como dizia outro jesuíta (este, da actualidade) "o teu irmão (referindo-se a ti) parece ter mais vocação para jesuíta do que tu!". Hahaha.
    ABRAÇO e boas experiências aí por casa!
    E espero também experimentar algo parecido quando aterrar amanhã em Roma!

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